sábado, 9 de outubro de 2010

Mímica Corporal Dramática - Poesia do Corpo

Com o intuito de promover novos artistas, graduandos ou recém-formados, acadêmicos ou não, o CADAN os convida como ministrantes de oficinas a mostrar sua arte na UFV.
Nossa primeira oficina é um intensivão de Mímica Corporal Dramárica que conta com Rodrigo Pignatari.
Rodrigo é ator, diretor e pesquisador da Mímica corporal Dramática, no Estúdio Luis Louis de Mímica Total. Arte-Educador pela Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo, e tem projetos na área de artes-cênicas realizados pelas secretarias de cultura de Guarulhos e São Paulo.

Seus principais trabalhos como ator em peças são: “a-mor em tempo de morte”, “Paixão de Cristo”, “Circo de retirantes”, “Canção pro sol voltar”, “Stanq - arte de talhar Pedras”.

Dirigiu os espetáculos: “Pós-Glacê”, “estudo sobre a neutralidade” e “Estudo sobre a segregação - Projeto Sanatório Padre Bento”.

Rodrigo Pignatari é graduando de Filosofia na Universidade Federal de São Paulo e integrante dos Grupos: Populacho & piquenique classe C do teatro e Grupo Glacê.



Rodrigo Pignatari – A poesia do corpo.

Poesia do corpo? As pessoas estão acostumadas a escrever poesias com uma caneta ou lápis, apoiando aos dedos, depois as mãos que são auxiliadas pelos braços, logo os braços fazem parte do corpo. E no caso de quem fala ou declama uma poesia? Por exemplo, com a voz, você pode declamar, dizer, gritar, como dizer também com as mãos, afinal, a poesia utiliza do corpo para sua construção. Como utilizá-la no corpo todo? Como dizer poesia com o olho, com a barriga, e sabendo que o corpo (que não separa-se da mente, é um ciclo único) do ator é seu instrumento. Para usufruir toda potência de um instrumento, é preciso que o mesmo esteja afinado.

Com referências de estudos de Decroux, Artaud, Pina Bausch, Tica Lemos, Luis Louis, Lume Teatro e Grupo Glacê (os quais venho pesquisando o corpo com os integrantes e como diretor deste grupo), é possível construir uma seqüência de exercícios de pesquisas sobre a poesia do corpo. Tentando atingir um trabalho que explore ao máximo a criação do ator e que desperte o sentido que o coloca em seu ofício. A poesia evolui com o tempo e o corpo poético também, altera-se propriamente o espaço, pois, há transformação se o corpo estiver ativo.